Belo samba do gênio, falecido em 1993, Beto Sem Braço. O Samba foi inspirado numa roda de samba de bar.
Personagem - Silas de Oliveira
Professor de Português e Compositor, nasceu no Rio de Janeiro, em 4 de outubro de 1916.
Foi um dos fundadores do Império Serrano, depois de ter tido desavenças na Prazer da Serrinha.
Foi um dos grandes compositores do Carnaval Carioca.
Alguns Sambas:"Aquarela Brasileira" (1964) - Império Serrano.
"Os Cinco Bailes da História do Rio" (1965), em parceria com Dona Ivone Lara e Bacalhau - Império Serrano.
"Heróis da liberdade" (1969), em parceria com Mano Décio da Viola e Manuel Ferreira - Império Serrano.
É dele também um dos mais belos sambas, Meu drama (c/ Joaquim Laurindo), também conhecida por "Senhora Tentação".
Sinto abalada minha calma
E embriagada minh'alma
Efeito da tua sedução
Oh! minha romântica senhora tentação
Não deixes que eu venha sucumbir
Neste vendaval de paixão
Jamais pensei em minha vida
Sentir tamanha emoção
Será que o amor por ironia
Deu-me esta fantasia
Vestida de obsessão?
A ti confesso que me apaixonei
Será uma maldição?
Não sei...
Sofreu um infarto fulminante em 20 de maio de 1972, numa roda de samba no momento em que cantava "Os Cinco Bailes da História do Rio"
Intérpretes na Avenida: Quinzinho
Carnavalesco: Renato Lage e Lílian Rabelo
Colocação: 7º Lugar
Enredo: Samba, suor e cerveja, o combustível da ilusão
Ano: 1985
Autores: Beto Sem Braço
Letra:
Nesta festança eu vou (eu vou)
De mão dada à poesia
Debruçado num verde esperança
Num branco que deixa herança
Nos caminhos d'alegria
Quero cantar, sambar, suar, me embriagar
Ser feliz, bem feliz
Desfrutar das coisas lindas
Que existem ainda neste meu país
Alegria, alegria, meu amor
De peito aberto aqui estou (bis)
Cada gota de suor (que cai)
É um pingo de felicidade
No néctar dos deuses flutuando
Na espuma me banhando
Encontrei mil realidades
Coisas daninhas serão banalidades
Quem vem do lado de lá
Assistir à nossa batucada
Se trouxer no peito tristeza
Que afogue lá na mesa
Numa cerva bem gelada
Já coloquei na pedreira
Cerveja preta para o Rei Xangô
Cerveja branca também coloquei na mata
A noite inteira "Seu" Ogum bebericou
Quem canta o mal espanta
Explode coração
No combustível da ilusão
Haja frio ou calor
Cervejando lá se vai o dissabor (bis)
Abaixo o samba na voz de Quinzinho