- O Teu Cabelo não Nega (Só dá Lalá) - 1981

Alô Imperatriz querida! É só Alegria!

Quando escutei este samba pela primeira vez , disse que ia ser o grande campeão, e foi.

Uma homenagem a Lamartine Babo e a sua obra. O homem dos hinos dos grandes clubes de futebol do Rio de Janeiro.

Só da lalá!!!

Você sabia:

A Imperatriz Leopoldinense é a única escola de samba do Rio de Janeiro que obteve nota máxima em todos os quesitos, no desfile principal, por três vezes, em 1980, 1989 e 2001.

Intérprete na Avenida: Dominguinhos do Estácio
Carnavalesco: Arlindo Rodrigues
Colocação: 1º Lugar
Enredo: O Teu Cabelo não Nega (Só dá Lalá)
Ano: 1981
Autores: Gibi, Serjão e Zé Catimba

Letra: 

Neste palco iluminado

Só dá lalá (bis)

És presente imortal

Só dá lalá

Nossa escola se encanta

O povão se agiganta

É dono do carnaval

Lá lá lalá Lamartine

Lá lá lalá Lamartine

Em teu cabelo não nega

Um grande amor se apega

Musa divinal

Eu vou embora

Vou no trem da alegria (bis)

Ser feliz um dia

Todo dia é dia

Linda morena

Com serpentinas enrolando foliões

Dominós e colombinas

Envolvendo corações

Quem dera

Que a vida fosse assim

Sonhar, sorrir

Cantar, sambar

E nunca mais ter fim

Abaixo o samba na voz de Rixxa

GRES Estácio de Sá - Deixa falar. A Estácio é isso ai! Eu visto esse manto e vou por ai... - 2010

Eu gosto assim!

Este samba é uma homenagem as Escolas de Samba da região do Estácio de Sá e bairros vizinhos, o berço do samba do carnaval carioca.

Estandarte de Ouro de Melhor samba do grupo de acesso

Obrigado Ismael Silva

Você sabia:

O nome "Escola de Samba" surgiu na região do Estácio e foi dado por Ismael Silva em analogia a uma escola normal que funcionava no bairro. Para ele, a Deixa Falar (Bloco da época) funcionava como um celeiro de "Professores do samba".

Intérprete na Avenida: Serginho do Porto
Carnavalescos: Chico Spinosa e Gebran Smera
Colocação: 3º Lugar no grupo de acesso
Enredo: Deixa falar. A Estácio é isso ai! Eu visto esse manto e vou por ai...
Ano: 2010
Autores: Gusttavo Clarão, Thiago Daniel, Da Latinha, Igor e Claudinho Vagareza

Letra: 

Ê, favela!

Da batucada, do meu grande amor

Eu sou malandro e faço história

Na zona do mangue onde tudo começou

Nascia em forma de oração

Nas mesas do café, uma canção

Bambas que o berço do samba um dia embalou

Versos de Ismael, "se você jurar"

Te dou em poesia, "a dona do lugar"

Vai minha inspiração... Deixa Falar

Eu vou, "bem junto ao passo"

Bem no compasso da marcação (bis)

Eu sou do "velho Estácio"

E se morrer é de emoção

A "cada ano", "vê se pode"

Meu "paraíso" é mais feliz

Fez da arte negra romaria

Se vestiu de fantasia e criou sua raiz

Do terreiro grande, a doce voz

Que emociona a todos nós

"Teu menino desceu o São Carlos"

Brota "melodia" desse chão

"Eu vi, ai meu deus eu vi"

A minha escola levantar a multidão

E "quero a arte pro meu povo

Ser feliz de novo", meu leão

Estácio é o meu amor

E esse amor tem seu lugar (bis)

Um coração vermelho e branco

Que bate forte sem parar

Abaixo o samba nas vozes de Serginho do Porto e Dominguinhos do Estácio

GRES Império Serrano - Bumbum Paticumbum Prugurundum - 1982

Simbora, Império Serrano! Rrrrrrrrrrriba!

Assim era o grito de guerra de Quinzinho que substituia ninguém menos que Roberto Ribeiro como Intérprete.

A Escola ainda tinha nomes como Rosa Magalhães e Beto Sem Braço, só podia mesmo ser Campeã do Carnaval, Título este que foi o último, nunca mais venceu.

"Vem meu amor manda a tristeza embora 

É carnaval, é folia neste dia ninguém chora"

Você sabia:

O nome de Império Serrano e as cores verde e branco, foram uma homenagem ao Império da Tijuca, sua escola madrinha

Intérprete na Avenida: Quinzinho
Carnavalescos: Rosa Magalhães e e Lícia Lacerda
Colocação: 1º Lugar
Enredo: Bumbum Paticumbum Prugurundum
Ano: 1982
Autores: Beto Sem Braço e Aluísio Machado

Letra: 

Enfeitei meu coração 

De confete e serpentina 

Minha mente se fez menina 

Num mundo de recordação 

Abracei a Coroa Imperial 

Fiz meu carnaval 

Extravasando toda minha emoção 

Oh ! Praça Onze tu es imortal 

Teus braços embalaram o samba 

A sua apoteose é triunfal 

De uma barrica se fez uma cuíca 

De outra barrica um surdo de marcação

Com reco-reco, pandeiro e tamborim 

E lindas baianas o samba ficou assim

E passo a passo no compasso o samba cresceu 

Na Candelária construiu seu apogeu 

As burrinhas que imagem, para os olhos um prazer 

Pedem passagem pros Moleques de Debret 

"As Africanas", que quadro original 

Iemanjá, Iemanjá enriquecendo o visual 

(Vem meu amor...)

Vem meu amor manda a tristeza embora 

É carnaval, é folia neste dia ninguém chora

Super Escolas de Samba S/A 

Super- alegorias 

Escondendo gente bamba 

Que covardia !

Bumbum Paticumbum Prugurundum 

O nosso samba minha gente é isso aí 

Bumbum Paticumbum Prugurundum 

Contagiando a Marquês de Sapucaí

Abaixo o samba nas voz de Roberto Ribeiro

GRES Mocidade Independente de Padre Miguel - A Festa do Divino - 1974

Alô meu povão de Padre Miguel!
Vem lá dos anos 70 mais um clássico do carnaval carioca.
Este Samba ganhou o Estandarte de Ouro, junto com Comunicação com o Público e Bateria.
Desfile quase perfeito, se não fosse uma nota 4 em Fantasia, talvez tivesse levado o Título.

Você sabia:
Que foi a Mocidade quem fez a primeira "paradinha" da Bateria no desfile, isso em 1959 sob o comando de Mestre André.

Intérprete na Avenida: Ney Vianna
Carnavalesco: Arlindo Rodrigues
Colocação: 5º Lugar
Enredo: A FESTA DO DIVINO 
Ano: 1974
Autores: Tatu, Nezinho e Campo Grande

Letra: 

Delira meu povo 

Nesse festejo colossal 

Vindo de terra distante 

Tornou-se importante, tradicional

Bate tambor, 

Toca viola 

A bandeira do divino 

Vem pedir a sua esmola

Um badalar do sino anuncia 

A coroação do menino 

Batuqueiro, violeiro e cantador 

Alegram o cortejo do pequeno imperador 

Leiloeiro faz graça com a prenda na mão 

E a banda toca com animação 

Oh! Que beleza 

"A Festa do Divino" 

Cores, músicas e danças 

E fogos explodindo

Roda gira, gira roda 

Roda grande vai queimar 

Para a glória do divino 

Vamos todos festejar

Abaixo o samba nas voz de Nego Martins

GRES Unidos de Vila Isabel - Pra Tudo se Acabar na Quarta-Feira - 1984

Olha a Vila Isabel!

Obra prima de Martinho da Vila, homenagem a quem faz o Carnaval Carioca, pura paixão. A Vila conquistou o 5º lugar no desfile.

Aqui o Carnaval não acaba na quarta-feira de cinzas

Você sabia que Martinho da Vila era de outra Escola de Samba.

Era da Aprendizes da Boca do Mato.

Só em 1965 veio o convite da Vila para ele integrar a Ala dos compositores.

Intérprete na Avenida: Gera
Carnavalesco: Fernando Costa

Enredo: Pra Tudo se Acabar na Quarta-Feira
Ano: 1984
Autor: Martinho da Vila

Letra: 

A grande paixão

Que foi inspiração

De um poeta é um enredo

Que emociona a velha guarda

Lá na comissão de frente

Como a diretoria

Glória a quem trabalha o ano inteiro

Em mutirão

São escultores, são pintores, bordadeiras

São carpinteiros, vidraceiros, costureiras

Figurinista, desenhista e artesão

Gente empenhada em construir a ilusão

E que tem sonhos como a velha baiana

Que foi passista, brincou em ala

Dizem que foi o grande amor de um mestre-sala

O sambista é um artista

E o nosso tom é o diretor de harmonia

Os foliões são embalados

Pelo pessoal da bateria

Sonho de rei, de pirata e jardineira

Pra tudo se acabar na quarta-feira

Mas a quaresma lá no morro é tão bonita

Com fantasias já usadas na avenida

Que são cortinas, que são bandeiras

Razões pra vida

Tão real na quarta-feira

Abaixo o samba nas vozes de Martinho da Vila e Gera

GRES Estação Primeira de Mangueira - Verde Que Te Quero Rosa... Semente Viva do Samba - 1983

Uma das escolas de samba mais antiga e tradicional do Rio e madrinha do meu Salgueiro, veio em 1983 com este belissímo samba, "Mangueira é - Um canto de fé" era o refrão nota 10. Mangueira de Cartola que foi quem escolheu as cores verde e rosa.

Ficou em 5º lugar no desfile e ganhou o estandarte de ouro de melhor ala (dos Duques).
Intérprete: Jamelão
Carnavalesco: Max Lopes

Enredo: Verde Que Te Quero Rosa... Semente Viva do Samba
Ano: 1983
Autores: Heraldo Farias, Geraldo das Neves e Flavinho Machado

Letra:

Amor vem agora

Ver o esplendor do luar

A noite é linda senhora

Que o poeta vai acordar

Desperta cartola

Vem pra avenida

Se a mangueira é uma porta aberta

Você é a razão da sua vida

Você plantou viu germinar

E a semente cresceu formosa

Deu mangueira verde de manga rosa

Seus frutos de alegria e tristeza

Afagaram o pranto

Acendendo a chama da beleza

Seu nome é poesia

Nasceu da primeira estação

As suas pastoras estrelas de um novo dia

É força é raça é coração

Cantar cantar brincar brincar

Deixa a brisa da euforia nos levar

Para reviver de novo

Tradições do Rio antigo 

Monteiro Lobato, samba festa de um povo

Lendas do Abaeté

Mangueira é 

Um canto de fé

E leva o samba na poeira e no pé

Abaixo o samba na voz de Flavinho Machado

GRES Portela - Das maravilhas do mar, fez-se o esplendor de uma Noite - 1981

Chegou a vez da Portela, a maior campeã do Rio.
Belo samba de 1981 que levou a Escola ao 3ª lugar no carnaval Carioca.
Um pequeno trecho deste samba é cantado no filme de animação Rio no momento em que os pássaros se jogam do avião.
O Carnavalesco foi Viriato Ferreira, o Intérprete foi David Corrêa

Enredo: Das maravilhas do mar, fez-se o esplendor de uma Noite
Ano: 1981
Autores: David Corrêa e Jorge Macedo

Letra:

Deixa-me encantar

Com tudo teu, e revelar

O que vai acontecer

Nesta noite, de esplendor

O mar subiu na linha do horizonte,

Desaguando como fonte

Ao vento a ilusão teceu

O mar… ô o mar

Por onde andei mareou, mareou

Rolou na dança das ondas

No verso do cantador

Dança quem tá na roda

Roda de brincar

Prosa na boca do vento

E vem marear

Eis o cortejo irreal

Com as maravilhas do mar

Fazendo o meu carnaval

É a vida, a brincar

A luz raiou pra clarear a poesia

Num sentimento que desperta na folia

Amor, amor

Amor, sorria, ô, ô, ô

Um novo dia despertou

E lá vou eu

Pela imensidão do mar

Esta onda que borda a avenida de espuma

Me arrasta a sambar

(e lá vou eu…)

Abaixo o samba na voz de David Corrêa

G.R.E.S. União da Ilha do Governador - Domingo - 1977

Depois de cantar a Bahia com o Salgueiro, agora vamos com a União da Ilha a segunda Escola em meu coração, ouvir este lindo e poético samba que fala sobre um dia de Domingo no Rio de Janeiro.

Este é um dos melhores sambas já escritos do Carnaval.

Aroldo Melodia, o Gênio, levou o Samba na avenida.

Comissão de Carnaval formada por: Alcione Barreto, Adalberto Sampaio e Maria Augusta

Ficou em 3º lugar no carnaval carioca

Uma curiosidade:

O que a União da Ilha, a Mocidade, a Vila Isabel e a Porto da Pedra tem em comum?

O Futebol. Todas surgiram de times que existiam em seus bairros de origem.

Então vamos pro Terreiro sambar!


Enredo: Domingo
Ano: 1977
Autor: Aurinho da Ilha, Ione do Nascimento, Ademar Vinhais e Waldir da Vala

Letra:

Vem amor

Vem à janela ver o sol nascer

Na sutileza do amanhecer

Um lindo dia se anuncia

Veja o despertar da natureza

Olha amor quanta beleza

O domingo é de alegria 

No Rio colorido pelo Sol

As morenas na praia (bis)

Que gingam no samba

E no meu futebol

Veleiros que passeiam pelo mar

E as pipas vão bailando pelo ar

E no cenário de tão lindo matiz

O carioca segue o domingo feliz

Vai o sol e a lua traz no manto

Novas cores, mais encanto

A noite é maravilhosa

E o povo na boate ou gafieira

Esquece da segunda-feira

Nesta cidade formosa

Há os que vão pra mata

Pra cachoeira ou pro mar (bis)

Mas eu que sou do samba

Vou pro terreiro sambar

Abaixo o Samba na voz de Maurício 100

GRES Acadêmicos do Salgueiro - Bahia de Todos os Deuses - 1969

Só poderia começar este Blog sobre os Sambas Nota 10 com um samba da minha escola do Coração.

Este é um dos melhores Sambas do Salgueiro. Eu nem era nascido e com ele a Escola sagrava-se Campeã do Carnaval de 1969. O enredo era sobre a Bahia, lugar que adoro e que já visitei, estive em Salvador e Porto Seguro, dizem que o samba nasceu lá. Será?

Foi a primeira vez que um samba falando sobre a Bahia levava o título.

Elza Soares foi a Intérprete no desfile junto com Noel Rosa de Oliveira, no site do Salgueiro tem o samba cantado por eles. http://www.salgueiro.com.br/S2008/CA.asp?1969

Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues foram os Carnavalescos autores do enredo.

Em 2006 a Tradição reeditou o enredo ficando em Quarto lugar no Grupo A.

Enredo: Bahia de Todos os Deuses

Ano: 1969

Autores: Bala e Manuel Rosa. 

Letra:

Bahia, os meus olhos estão brilhando,

Meu coração palpitando

De tanta felicidade.

És a rainha da beleza universal,

Minha querida Bahia,

Muito antes do Império

Foste a primeira capital.

Preto Velho Benedito já dizia

Felicidade também mora na Bahia,

Tua história, tua glória

Teu nome é tradição,

Bahia do velho mercado

Subida da Conceição.

És tão rica em minerais,

Tens cacau, tens carnaúba,

Famoso jacarandá,

Terra abençoada pelos deuses,

E o petróleo a jorrar

Nega baiana,

Tabuleiro de quindim,

Todo dia ela está

Na igreja do Bonfim, oi

Na ladeira tem, tem capoeira,

Zum, zum, zum,

Zum, zum, zum,

Capoeira mata um !

Abaixo você ouve o samba na voz de Quinho, Intérprete do Salgueiro.